Cobra gigante é atropelada na MS-145 e chama atenção de quem passa pelo local

Apenas 3 (três) dias após viralizar um vídeo de um pescador mostrando que encontrou uma cobra Sucuri morta em um rio do município de Deodápolis, outro animal da mesma espécie também é encontrado morto às margens de uma rodovia estadual.

Conforme apurado pelo Site AconteceuMS, neste segundo caso, a cobra gigante de aproximadamente 7 metros de tamanho e 50cm de circunferência, está atropelada no pequeno acostamento da rodovia MS-145, próximo ao Rio Vacaria, entre o Distrito de Ipezal e o Distrito Pana.

No local diversos veículos ao avistarem o animal, estacionam para observar mais perto e fotografá-lo. Aparentemente vítima de atropelamento, o que chama a atenção é o fato de sua cabeça de sido “cortada” posteriormente. Distante da área alagada, o que tudo indica é que a Sucuri saiu de seu habitat natural para procurar alimento e pode ter se perdido na grande plantação de cana que existe na região.

Ao ser procurado pela reportagem, um biólogo informou ao Site AconteceuMS que sucuris e qualquer outro animal silvestre não devem ser mortos. Ele afirmou, ainda, que é importante preservar a fauna e a flora, pois todos tem uma função na natureza.

Segundo a lei federal nº 9.605/1998, “é ilegal matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre”. A pena do crime consiste na detenção de 6 meses a 1 ano, além de multa.

SUCURI

Sucuri é o nome popular dado às serpentes do gênero Eunectes. Essas serpentes se destacam por serem animais de grande porte que não matam suas vítimas por envenenamento, mas sim por constrição. Nesse processo, as sucuris se enrolam no corpo da presa de forma tão intensa que o fluxo de sangue para órgãos vitais é impedido, levando o animal à morte.

Elas se destacam ainda por apresentarem hábitos semiaquáticos. Atualmente, existem quatro espécies de sucuris: Eunectes murinus (sucuri-verde), Eunectes notaeus (sucuri-amarela), Eunectes beniensis (sucuri-de-beni) e Eunectes deschauenseei (sucuri-malhada). Elas podem ser encontradas na América do Sul do Equador, Bolívia, Brasil, Colômbia, Venezuela ao norte da Argentina.